Para criar força e dança
para atravessar a si mesmo
é necessário escrever.
Escrever para reapresentar
e representear o passado,
que não é sobre o que se passou,
e sim sobre o que marcou
impressões por todo o corpo.
Somos as marcas
pressionadas
e impressionantes
do tempo veloz.
Imprimo as minhas palavras
que custam a pena
que as escrevem.
E tenho pena do silêncio
que não tem a força
de abrir os ouvidos
dos que precisam de música.
Meu coração
tem o ritmo
de uma máquina
de escrever excitada
por um par de mãos
que dançam sobre
as teclas.
As mãos que dançam
é o meu corpo impresso.
E o meu corpo impresso
é a minha marca
na roda-viva do mundo.
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