Diários Noturnos

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12 de dezembro de 2015

Meu coração tem o ritmo de uma máquina de escrever

Para criar força e dança
para atravessar a si mesmo 
é necessário escrever.

Escrever para reapresentar 
e representear o passado, 
que não é sobre o que se passou, 
e sim sobre o que marcou 
impressões por todo o corpo.

Somos as marcas 
pressionadas
e impressionantes 
do tempo veloz.

Imprimo as minhas palavras 
que custam a pena 
que as escrevem.
E tenho pena do silêncio 
que não tem a força
de abrir os ouvidos 
dos que precisam de música.

Meu coração 
tem o ritmo
de uma máquina
de escrever excitada
por um par de mãos
que dançam sobre
as teclas.

As mãos que dançam
é o meu corpo impresso.
E o meu corpo impresso 
é a minha marca 
na roda-viva do mundo.

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'O ar está tão carregado de espíritos que não sabemos como lhes escapar.'(Goethe in Fausto)

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