Diários Noturnos

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30 de outubro de 2013

De Sóis Noturnos


para Bárbara Lia


Atrás do espelho,
tinha um espelho.
Sou eu?

Neste,
eu estava
invertida.

Naquele,
eu estava
a me ver
vertiginosamente.

Branca de neve
sem madrasta:
eu sol.

Toda estampada
de sóis noturnos.

Nem quem,
espelho meu,
nem mais bela.
Só eu.

TRÊS TEMPOS
I
Inspirou:
- Eu sou?
II
Expelindo:
- Eu sol!
III
Morrerá:
- Eu só.

Um comentário:

  1. Guardo tudo que é amor... Vou guardar com o cuidado de flor mais rara. Lindo presente, Rebecca...
    Lindo acordar e ler e abraçar um poema a mim dedicado. Amo você, flor amiga, e espero que logo
    logo venhas a Curitiba... Abraços de sóis noturnos.

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Quem (sol) eu:

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'O ar está tão carregado de espíritos que não sabemos como lhes escapar.'(Goethe in Fausto)

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