Inspiro um cigarro,
sujo de café a
língua,
ultrapasso teus
olhos e finalizo,
sentindo o gozo da
filosofia
sempre inacabada,
que - sim, meu amor
-
toda a minha
inspiração vital
habita o arcabouço
misterioso
das reminiscências.
Contemplando o
limite da minha pele,
confesso ainda mais:
o amor é possível
somente
se me permito
1) ser o mapa do
tesouro
da tua inteligência
2) ser a fruta
carnívora
da tua fome
existencial
3, 4, 5, 6, 7...)
ser
a matemática ilógica
que se reverbera
nos significantes do
nosso simbolismo.
São Paulo, 10 de
Maio de 2011.